Só após três meses de salários em atraso é que a prestação de desemprego está a chegar aos funcionários da gráfica.
Corpo do artigo
Com três meses de salários em atraso, os 120 trabalhadores da gráfica Printer, em Mem Martins, vão começar a receber, agora, o subsídio de desemprego. “O último salário que recebemos foi no dia 18 de abril, referente ao mês de março, mas só no dia 16 de maio é que, legalmente, conseguimos pedir a suspensão do contrato de trabalho e iniciar o processo, junto do Instituto de Emprego e da Segurança Social”, lamentou, ao JN, José Henriques, trabalhador da empresa e delegado doSindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas.
Sem salários nem apoios estatais, os trabalhadores, alguns da mesma família, têm sobrevivido graças à solidariedade “de outros trabalhadores”. “O Sindicato dos Professores e os professores da Escola Secundária de Mem Martins [cujo edifício fica muito próximo das instalações da gráfica] têm feito cabazes para nos oferecer e isso têm nos ajudado muito”, conta José Henriques.