<p>O próximo dia 10 é a data definitiva para o futuro de 300 trabalhadores da Urbanizações e Obras Públicas, sediada na Póvoa de Lanhoso, altura em que uma assembleia de credores decidirá futuro da empresa. </p>
Corpo do artigo
Nesse dia, no tribunal realiza- -se uma assembleia de credores e a expectativa dos trabalhadores é enorme, depois de em Maio a Administração ter pedido a declaração de insolvência devido ao "incumprimento generalizado das suas obrigações" que já foi decretada, tendo sido nomeada uma gestora da construtora.
"Vamos esperar para ver o conteúdo do plano que administradora liquidatária vai apresentar", disse José Maria Ferreira, do Sindicato da Construção Civil. O representante dos trabalhadores confirma que eles "continuam a laborar" mas não sabe o seu futuro. "Os trabalhadores esperam conhecer o plano nos próximos dias mas temos como princípio a defesa dos postos de trabalho", disse aquele responsável.
José Maria Ferreira reconhece, no entanto, que "outras intenções devem ser convenientemente analisadas". O sindicalista tem uma certeza: "Não estamos disponíveis para uma viabilização da empresa à custa dos trabalhadores e dos seus direitos" não descartando a hipótese, "caso seja necessário", avançar com o pedido de indemnizações a que os empregados têm direito". A verdade é que José Maria Ferreira tem muitas dúvidas sobre a viabilidade da empresa: "Quando se cria uma situação de insolvência, há objectivos claros" e, por isso, "os trabalhadores têm muitas dúvidas sobre a sua continuidade".
O plano que irá ser apresentado pode ser o "coelho da cartola" tirado pela gestora do processo para a continuidade da empresa. Sublinhe-se que a primeira assembleia de credores, segundo o Ministério do Trabalho, realizada em Junho, decretou por unanimidade a sua continuação. O ministério esclarece ainda que plano de pagamento de salários em atraso foi cumprido, e o salário de Maio foi pago no início de Julho. O ministério informa, ainda, que "segundo declarações dos responsáveis da empresa, a mesma tem encomendas e encontra-se a laborar normalmente".
Os 300 trabalhadores ainda não perderam a esperança e esperam que no próximo mês haja fumo branco na URBANOP: "Apesar de todas as dúvidas, a esperança é sempre a última a morrer e, até ao dia 10, pode haver novidades, sobretudo, depois de conhecermos o plano de recuperação e viabilização económica da empresa".