Andante sub 13 teve uma média de 24 mil utilizadores mensais no ano passado. Câmaras do Porto, de Matosinhos, da Maia e de Gaia complementaram oferta e garantiram mais 11 mil títulos gratuitos.
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Mais de 35 mil crianças e jovens viajaram de borla nos transportes do Porto no ano passado. O passe andante sub13 metropolitano foi usado, em média, por 24 mil crianças todos os meses e os passes gratuitos oferecidos por câmaras como Porto, Matosinhos, Gaia e Maia tiveram mais de 11 mil utilizadores.
O andante sub13 entrou em vigor em setembro de 2019 e tornou-se metropolitano em 2020. Mas as câmaras do Porto, Matosinhos e Maia decidiram complementar a oferta e estender a gratuitidade até aos 18 anos. Gaia, por sua vez, oferece passe metropolitano a alunos universitários.
Por regra, os passes municipais só permitem viajar dentro dos respetivos concelhos, mas há exceções para quem estuda fora.
Entre estes municípios, foi o Porto que emitiu mais títulos. A Autarquia lançou dois passes: um dos 13 aos 15 anos e outro até aos 18 anos. No ano passado foram emitidos 5073 títulos válidos no concelho e para este ano, está previsto um investimento municipal de 1,5 milhões só para passes.
Matosinhos ocupa o segundo lugar com 1041 passes emitidos em 2020. Para o novo ano, o investimento da Câmara irá manter-se nos 500 mil euros.
Maia assume os passes escolares até ao 12.º ano e, este ano letivo, foram 479 os alunos beneficiados. A verba é de 270 mil euros.
Em Gaia, a Autarquia, ao contrário do que acontece nos outros municípios, decidiu garantir o transporte aos alunos universitários do concelho, permitindo-lhes viajar em toda a área metropolitana. Desde 1 de outubro de 2020, foram emitidos quatro mil passes, o que corresponde, afirma o Município, a cerca de 80 mil euros de investimento. A Autarquia garante ainda que o título para adolescentes entre os 13 e os 15 anos - que poderá abranger cerca de 18 mil alunos -, deverá ficar disponível no concelho em setembro do próximo ano.
"Processo complexo"
A Câmara de Gondomar considera que estas medidas deveriam ser tomadas a um nível metropolitano "e não avulso em cada município". Por isso, aquela Autarquia esclarece que não prevê avançar com propostas semelhantes. O JN também questionou a Câmara de Valongo, mas não teve resposta.
Para requerer os títulos sub13, os encarregados de educação devem pedir um formulário de requisição do passe na escola dos filhos e entregá-lo, devidamente preenchido, apresentando o cartão de cidadão numa loja Andante. No caso dos passes municipais (dos 13 aos 18 anos), a documentação deve ser entregue nos espaços reservados pelas autarquias para esse efeito.
Um processo que, para Vânia Costa, de 39 anos, "é complexo": obriga os pais a "perder muito tempo" e "as pessoas acabam por desistir". Mãe de uma menina de 10 anos, considera que seria "mais fácil definir uma idade até onde seria válida a gratuitidade", sem ser necessário qualquer passe. Este é um método adotado no Reino Unido, onde viveu durante algum tempo, explicou a encarregada de educação.
Quebras
Assinatura sub 23
Os carregamentos mensais das assinaturas 4_18 e sub23 sofreram uma queda abrupta em 2020. Os meses de abril e maio foram os que menos carregamentos registaram. Em dezembro, o total de assinaturas foi de 36 mil (menos 20 mil do que no ano anterior).
Regresso à escola
A partir do início do ano letivo, o número de carregamentos foi subindo, mas, por conta da pandemia, nunca atingiu o valor do ano anterior. Em outubro de 2019, registaram-se 53 614 carregamentos. No mesmo mês do ano passado, foram cerca de 39 mil.