O incêndio em Fornos de Algodres, na Guarda, consumiu uma casa na quarta-feira, altura em que tinha duas frentes ativas. Já o fogo em Trancoso, no mesmo distrito, é o que se encontra na situação "menos desfavorável", segundo a Proteção Civil.
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A ANEPC explicou esta quinta-feira de manhã que o incêndio de Trancoso tem já "grandes áreas em resolução", "com trabalhos de rescaldo e consolidação e outros de vigilância". Pelas 9.40 horas, estava a ser combatido por 460 operacionais, apoiados por 146 viaturas e dois meios aéreos.
Em declarações à agência Lusa, Alexandre Lote, vice-presidente da Câmara de Fornos de Algodres, deu conta de uma casa ardida, alegadamente de primeira habitação, em Casal do Monte. O autarca criticou ainda a ausência de meios aéreos no período da tarde de quarta-feira. A situação encontra-se hoje "mais calma".
Fotos: Miguel Pereira da Silva/Lusa e Patrícia de Melo Moreira/ AFP
Os incêndios florestais consumiram até hoje cerca de 75 mil hectares, mais de metade ardeu nas últimas três semanas, segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
As estimativas divulgadas hoje pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que se baseia em imagens de satélite do programa Europeu Copernicus, dão também conta que Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais área ardida este ano, depois de Espanha (148.205) e da Roménia (123.816).
A aérea ardida este ano é nove vezes mais do que em igual período do ano passado e a segunda maior desde 2017.