A Agência Portuguesa do Ambiente aguarda os resultados das análises das amostras de água poluída retiradas do rio Ave, mas não desaconselha a ida a banhos nas praias de Vila do Conde, porque a época balnear ainda não começou.
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O presidente da Câmara, Vítor Costa, acredita que esses resultados poderão ajudar a identificar o autor do crime ambiental que, anteontem de manhã, causou uma mancha gordurosa, branca, barrenta e com cheiro muito intenso, que se espalhou por quase 200 metros, entre a lota e a foz do rio Ave.
"Acredito que, pelos resultados das amostras recolhidas, podemos ter uma noção mais exata do tipo de indústria de que estamos a falar", explicou, ao JN, o edil, que não descarta a hipótese de, perante as análises, proceder a ações de fiscalização "porta-a-porta" com o objetivo de identificar a empresa infratora.
Até lá, Águas do Norte, Indaqua e Autarquia estão no terreno a fiscalizar as caixas de descarga de saneamento para tentar descobrir de onde vieram os resíduos. Como a descarga foi parar à estação elevatória de Azurara, o depósito só pode ter sido feito nas freguesias de Azurara, Árvore e Mindelo.
"Relativamente às praias na envolvência, reitera-se, não foi feito desaconselhamento balnear, uma vez que a época balnear ainda não começou. Note-se igualmente que a praia da Azurara, como mencionado [pelo JN], não é uma zona balnear identificada", afirmou, ao JN, a APA, garantindo que está a acompanhar a situação, em articulação com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. Também os desportos náuticos no rio não foram proibidos.
O BE questionou o Ministério do Ambiente sobre o assunto e sobre as medidas a tomar para evitar outras situações.