O inovador conceito urbanístico e arquitetónico que marcou o Porto modernista é hoje é uma sombra de si mesmo. Tivoli encerrou em 2007.
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Desde o encerramento do Hotel Tivoli, em 2007, que o processo de degradação do Parque Residencial da Boavista, no Foco, marco da arquitetura modernista do Porto, acelerou sem fim à vista. As galerias comerciais viram fechar dezenas de estabelecimentos, inúmeros espaços continuam devolutos, a degradação é evidente e os sinais de abandono acusam a contínua falta de aposta.
"O abandono é visível e o processo de revitalização uma incógnita", reconhece o arquiteto Manuel Correia Fernandes, ex-vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto. "O Foco era uma bolsa única no Porto, de grande generosidade na conceção do espaço público, que lentamente se foi afastando da sua função original e afastando da cidade por incúria generalizada", lamenta.