Milhares de pessoas juntaram-se, este sábado, para o primeiro dia da 44ª. edição da Rampa Internacional da Falperra, em Braga, prova que se assume como uma espécie de romaria anual para pessoas de todas as idades.
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Carregados com bancos desdobráveis, com geleiras ou mochilas repletas de comida, muitos aproveitam a oportunidade para passar um dia diferente enquanto apreciam a perícia dos pilotos e deixam-se envolver pela adrenalina do desporto automóvel a alta velocidade.
Logo num dos pontos iniciais do traçado de cerca de 5,2 quilómetros, o JN conversa com Manuel Pinheiro, bracarense de 67 anos, que há quatro décadas é presença assídua na prova – e este ano foi com os amigos Manuel Lopes e Álvaro Ribeiro, menos regulares, mas também bastante aficionados. “A Rampa da Falperra é mítica, é uma prova espetacular. Venho desde os anos 1980. Adoro mesmo isto”, garante Manuel Pinheiro, ao mesmo tempo que se vira de forma repentina para ver o carro que surge numa curvas e que lhe prende a atenção por alguns instantes.
Retomando a conversa, não resiste a uma recordação saudosista e a uma crítica à organização. “Antes funcionava melhor, as coisas eram mais simples, não havia os tempos de espera que há agora nem tinha que se pagar para entrar”, aponta. Não teme, no entanto, a perda de popularidade: “Todos os anos estão aí milhares e milhares de pessoas”.
O “roncar” dos carros
A partir do momento em que as horas avançam, há cada vez mais público aglomerado e o estômago começa a pedir alimento. “Isso não vai ser problema, estamos bem carregados”, diz ao JN Maria Rodrigues, de 22 anos, que se levantou cedo para viajar de Arcos de Valdevez até Braga e não perder nada da prova. É o segundo ano que vai à Rampa da Falperra, desta vez com o irmão Hélder e com o namorado Nuno. “Gosto de tudo o que envolve a rampa, é um dia especial. Só o roncar dos carros já dá emoção”, assegura.
O primeiro dia da prova ficou marcado por um acidente aparatoso. O piloto Francisco Morgado despistou-se, tendo acabado por embater numa árvore. Terá sido a queda da árvore que provocou ferimentos a uma espectadora. O piloto e a espectadora foram considerados feridos ligeiros. A prova foi interrompida e só será retomada hoje.
