A vida dá-lhe limões gigantes mas ele não faz limonada

António Macedo, 80 anos, vive em Avintes, Gaia, há 50 e com ele envelhece um limoeiro que plantou quando para lá se mudou. Mesmo velha e em risco de secar, a árvore dá agora frutos que chegam a pesar mais de um quilo.

Mais precisamente um quilo e cinquenta gramas foi o peso máximo de um limão que António Macedo colheu da árvore ao fundo da pequena horta nas traseiras da casa. Mas ficaram no limoeiro a amadurecer mais de três dezenas semelhantes, mostra o horticultor, orgulhoso.

Segredos para semelhante fenómeno, garante António Macedo, não existem. Só o facto de com ele ter envelhecido o limoeiro desde que se mudou para a atual residência, conta já 50 anos. Tendo quase secado, "hoje dá citrinos que pesam mais de um quilo", assegura o idoso, segurando um exemplar em cima de uma antiga balança de cozinha para comprovar que não exagera.

Não há explicação para o fenómeno, prossegue António Macedo, que conta que o limoeiro "é tratado sem fertilizantes ou adubos", acrescentando que os únicos cuidados que tem com ele é "a limpeza das raízes e rega".

Só recentemente é que a velha árvore começou a dar frutos com um quilo e mais. O octogenário afirma que "já aconteceu com outras plantas" da sua pequena horta, como uma plantação de tomates que chegou a dar frutos com mais de um quilo. Fenómeno idêntico está a dar-se também com as suas favas, "que têm para aí 30 centímetros cada uma e ainda vão crescer o dobro do tamanho atual".

Com tantos e tão grandes limões, António Macedo afirma que não faz limonada, muito menos os vende. "Prefiro dá-los à família e amigos", afirma, adiantando que o mesmo faz com o excedente dos frutos e hortícolas que crescem na sua horta.

Outros fenómenos

Mas isto de ter frutos e legumes gigantes não é exclusivo de Gaia e muito menos da horta de Manuel Macedo. No Carnaval de 2005, por exemplo, Virgílio Rodrigues, de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul, exibiu no cortejo da aldeia uma couve que arrancou do seu quintal com 5,62 metros de altura, o suficiente para atingir um prédio de dois andares. No ano seguinte, José Canhão e a mulher, de Fronteira, cultivaram um nabo que chegou a uns impressionantes nove quilos. Segredo? "Água q.b. e atenção aos molhos"...