A obra de alargamento da A3 de duas para três vias entre Maia e Santo Tirso começará até Junho deste ano.
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A empreitada avançará com um atraso de cerca de nove meses em relação à data inicialmente prevista pela Brisa. Os trabalhos serão adjudicados em breve.
À data do lançamento do concurso público em Abril do ano passado, a empresa programava o arranque da intervenção no sublanço da auto-estrada entre as portagens da Maia e de Santo Tirso (situada antes do cruzamento da EN104) para Setembro de 2009. Porém, só deverá começar no primeiro semestre deste ano.
Aumentada a capacidade de circulação no troço com 6,62 quilómetros entre os nós de Águas Santas e da Maia, os operários e as máquinas mudar-se-ão para os 12,5 quilómetros seguintes da A3 para rasgar uma terceira via em cada sentido. A Brisa investirá 48 milhões de euros na obra, cujo prazo de execução ascende a 20 meses. Só será finalizada no primeiro semestre de 2012. O trânsito é intenso naquele troço, sobretudo nas horas de ponta da manhã e da tarde. Os automobilistas não escapam às longas filas sempre que há acidentes. Constrangimentos que levam as câmaras da Maia e de Santo Tirso a reclamar, há vários anos, a ampliação.
O tráfego médio diário no ano passado neste sublanço da A3 (entre os quilómetros 9,45 e 21,7) foi de 50396 viaturas. A execução da terceira via permitirá a circulação de mais de 10 mil viaturas por dia entre as portagens da Maia e de Santo Tirso. Ficará reservada uma área, antecipando uma futura ampliação para quatro vias. A alteração do perfil da auto-estrada obrigará a demolir e a reconstruir, com maior largura, as 10 passagens superiores. As travessias rodoviárias serão dotadas de passeios. Também estão contemplados a recuperação e o alargamento de oito passagens inferiores e do viaduto sobre a Ribeira de Covelas. A empreitada inclui, ainda, a construção de uma nova praça de portagem (ficará a Sul da actual) com mais cabinas e a reformulação do nó de Santo Tirso.
No entanto, o projecto dessa alteração fica aquém do desejado pela Câmara de Santo Tirso. O presidente Castro Fernandes recorda que, se a Autarquia tivesse sido ouvida à data da construção daquele sublanço da A3 quando alertou para a necessidade de precaver a ampliação futura da auto-estrada, não seria necessário demolir 10 viadutos. Acredita que, agora, está a repetir-se o erro ao não fazer-se uma reformulação mais profunda do nó.
"Entendemos que devia ser feito um acesso desnivelado sob a rotunda. Caso contrário, teremos problemas no futuro", sublinha o autarca, assinalando que o nó de Santo Tirso liga às estradas nacionais 104 e 105, ambas com muito movimento, que servem a população dos municípios de Santo Tirso, Trofa, Vizela, Lousada, Famalicão e Guimarães. Porém, até ao momento, a pretensão da Autarquia não foi atendida. Para Castro Fernandes, o mais urgente é que a obra de ampliação comece o mais rapidamente possível.
O projecto da Brisa não contempla, actualmente, o acesso à plataforma logística da Maia/Trofa que está em fase de estudo. A Câmara maiata obteve a garantia de que a ligação será construída quando se fizer a plataforma.