Documento com 1600 assinaturas reclama o normal funcionamento do serviço de Urgência de São Pedro do Sul.
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Cerca de 1600 pessoas subscreveram um abaixo-assinado no qual exigem o normal funcionamento do Serviço de Urgência Básico (SUB) de São Pedro do Sul, que serve as populações não só do concelho, mas, também, de Vouzela, Oliveira de Frades e Castro Daire. O documento foi entregue, na tarde desta sexta-feira, na Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão Lafões.
Os utentes reivindicam mais médicos que venham colmatar os sucessivos encerramentos do serviço que é suposto estar aberto 24 horas.
O problema, “que se arrasta desde maio do ano passado”, prende-se com a falta de médicos que leva aos constantes encerramentos do serviço.
“A Urgência começou por fechar um dia por semana, em maio. Com o tempo, foi-se degradando e, atualmente, não há previsão se os utentes que se dirigem lá vão ou não encontrar o serviço aberto e a funcionar”, explicou hoje ao JN Isabel Almeida, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde (CUSPS) do Distrito de Viseu.
São perto de 50 mil utentes, “a maioria sem médico de família”, que recorrem àquele Serviço de Urgência Básica, lembra Isabel Almeida. “É um constrangimento enorme. São concelhos com populações muito envelhecidas, com reformas baixas e que, na maioria das vezes, não têm como se deslocar”, acrescenta esta representante dos Utentes.
Alguns centros de saúde estão fechados durante todo o fim de semana e aos feriados, outros fecham ao sábado à tarde.
Com o encerramento do SUB de São Pedro do Sul, os doentes são reencaminhados para o serviço de Urgência do Hospital de Viseu, criando mais pressão no serviço.
“A saúde não mete férias, feriado nem fim de semana. Os cuidados de saúde primários são necessários para evitar entupir as urgências do Hospital de Viseu”, frisa. Mas os constrangimentos não são sentidos só pelos utentes, também os bombeiros multiplicam o tempo das ocorrências.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde (CUSPS) do Distrito de Viseu adiantou ao JN que, “infelizmente” não foi recebida esta sexta-feira, como pretendia, pelo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão Lafões. Isabel Almeida afirma que a ULS ficou de agendar uma reunião para breve.