A Academia de Inovação, promovida pelo Citeve e pela Microsoft atingiu cerca de 50% de empregabilidade. Estavam 75 ideias a concurso cuja maioria dos autores foram absorvidos por empresas. Cerca de 20% destas estão em processo de criação da própria empresa ou já criaram o seu negócio.
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Marlise Silva e Helena Moscoso, formadas Turismo e Comunicação Social, desempregadas, decidiram criar um serviço que proporcionasse aos turistas um conjunto de experiências regionais. "A experiência é totalmente diferente quando põem a mão na massa", explicaram, notando que os turistas podem fazer pataniscas ou por exemplo aprender o que é e como se dança o folclore.
As duas jovens querem apostar neste projeto para ser o seu emprego e por isso andam já à procura de mais apoios uma vez que lhes faltam alguns pormenores logísticos. Esta é uma das 14 ideias apresentadas na sessão final da Academia de Inovação e cujos autores vão criar o seu próprio emprego. Há ideias mais ou menos inovadoras ligadas a vários setores.
Filipa Torres, 25 anos, decidiu juntar a literatura à doçaria e espera agora poder industrializar a "ideia" e fazê-la chegar ao mercado. A jovem desenvolveu diversos bolos com características ajustadas a escritores. "Aliei duas coisas que gosto: a doçaria e a literatura", disse, explicando que cada doce tem características relacionadas com o escritor, sendo que os ingredientes estão também relacionados com a origem biográfica do autor.
Assim, com a criação de Filipa pode comer um "Torça", um "Camilo" ou até um "Eça". "O mais difícil foi fazer as pessoas perceberem que de um autor se pode gerar um bolo", disse.
A Academia iniciou-se há um ano com 220 jovens e 75 ideias, tendo passado 45 a júri. Ao longo deste tempo os jovens passaram por diversas fases de criação, conceção e formação.
Augusto Lima, coordenador do projeto defendeu a importância de haver um "organismo" que concentrasse financiamentos que permitissem dar a alavanca inicial às ideias. "Há excelentes ideias mas porque uma empresa pode agarrar a ideia e depois não se sabe o papel do jovem ou porque ninguém aposta nessas ideias há dificuldades em dar o passo seguinte", avançou.