Estudantes de Coimbra vão amanhã às urnas e têm de escolher entre três candidatos e... um pato para a Associação Académica
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Os estudantes de Coimbra vão amanhã, quinta-feira, às urnas para escolher o próximo líder da Associação Académica de Coimbra (AAC). Os três candidatos têm como objetivo comum a melhoria da ação social escolar.
João Caseiro, o atual presidente, é recandidato pela Lista S - Sentir Académica. O estudante da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação, de 23 anos, foi eleito em abril, na sequência da morte do seu antecessor, Cesário Silva, num acidente de viação, e afirma que o tempo do atual mandato não chegou para pôr em prática todas as ideias para a AAC. "Necessitamos de um período maior", aponta. Como prioridades, João Caseiro destaca a dimensão política e a organização interna da Associação Académica, dando ênfase a melhores condições para os estudantes, nomeadamente na ação social.
Entre as propostas, defende a criação de um conselho de residências universitárias, o reforço do apoio às secções culturais e a requalificação de espaços desportivos.
A encabeçar a Lista E - Estudantes Primeiro, Gonçalo Lopes, 22 anos, da Faculdade de Direito, afirma que a sua candidatura tem a ver com o adiar de vários problemas da comunidade estudantil. "Desde a ação social às propinas, passando pelas secções culturais e desportivas e as condições das repúblicas, são problemas que se têm vindo a arrastar", considera. Para Gonçalo Lopes, a associação precisa de ter uma dimensão mais reivindicativa. "A AAC tem um papel na defesa dos direitos dos estudantes em Coimbra. Não acreditamos que as lutas dos estudantes passem unicamente pelo diálogo, mas também por colocar milhares de estudantes nas ruas", defende.
Wilson Domingues, 21 anos, é candidato pela Lista P - Parem de EmPatar e tem, como companhia, um pato de borracha. "O pato moveu a minha consciência para os problemas que estão a afetar o lago da AAC. Defendemos a convivência entre estudantes e patos", considerou em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra.
O estudante de Direito defende mais bolsas para os estudantes, mas admite que o ensino não deve ser gratuito. "Há uma grande diferença da propina de estudante nacional para o internacional e até defendemos um aumento para o estudante nacional, que pode ser esbatido com uma mais atribuição de bolsas de estudo", entende. Apesar de dar o seu nome como candidato, Wilson Domingues assegura que a sua candidatura é feita "em representação do pato e para lhe dar voz".
A AAC é formada por cerca de 22 mil estudantes da Universidade, que vão amanhã às urnas, entre as 10 e as 19 horas. Caso nenhum dos três candidatos obtenha 50% dos votos, haverá uma segunda volta entre os dois mais votados, a 24 deste mês.