A requalificação da Rua Oliveira Júnior, em São João da Madeira, uma das principais vias de acesso à cidade, deverá prolongar-se para além do prazo previsto, aumentando o descontentamento dos comerciantes. O presidente da Câmara, Jorge Sequeira, admite que a obra corre o “risco de não terminar” no prazo contratado.
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O assunto foi abordado, na tarde desta segunda-feira, em reunião de Câmara, pela vereadora da coligação PSD/CDS/IL, Susana Lamas.
A vereadora começou por lembrar a reunião que o presidente da Câmara teve com os comerciantes, informando-os que a empreitada, iniciada em final de junho, terminaria cinco meses depois, em finais de novembro.
“Deram a palavra aos comerciantes que a conclusão aconteceria em cinco meses, mas esta empreitada vai para além do Natal. Os comerciantes já sofreram com o covid e, agora, face a este mau planeamento, vão sofrer novamente com as obras”, referiu Susana Lamas, antecipando que “será o caos para os comerciantes”.
A vereadora quis saber, ainda, se a Câmara “já pensou no que vai fazer para compensar estes comerciantes ou se até já houve um pedido de desculpas por essa falta de palavra e de planeamento”.
Na resposta, Jorge Sequeira não negou o prazo anunciado de cinco meses. “Mas colocamos sempre cautelas. Não foi dada a palavra de honra ou a certeza”, advertiu.
“Não vou dizer que vai terminar [no prazo anunciado]. Parece-me que há o risco de não terminar”, admitiu.
Explicou que "a requalificação das infraestruturas, entre as quais algumas que não estavam cadastradas,” estarão na origem dos constrangimentos que a obra verifica.
“Têm sido feitos esforços para que tudo se processe o mais rapidamente possível (…) Se houver uma derrapagem no prazo vamos pedir a compreensão de todos”, disse.