Excesso de velocidade pode ter sido a causa do acidente, anteontem à noite, na A1, em Aveiras de Cima, do qual resultaram 20 feridos e uma vítima mortal. O incidente está já a ser investigado pelo Ministério Público do Cartaxo.
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Os indícios recolhidos no local pelas equipas de investigação criminal da GNR foram, ontem, encaminhados para o Ministério Público do Tribunal do Cartaxo, que está a investigar as causas daquele grave acidente. Integram ainda o lote os tacógrafos dos dois veículos pesados envolvidos na ocorrência - o do autocarro da Renex onde seguiam 32 passageiros, além do motorista, e o do pesado de mercadorias que sofreu o embate do primeiro veículo.
Fonte ligada à investigação adiantou, ao JN, que na origem do acidente poderá ter estado um excesso de velocidade do veículo de passageiros, que é propriedade da Caima Transportes, e que seguia na auto-estrada do Norte, no sentido Norte-Sul. "Ou porque o pesado de mercadoras entrou na A1, saído da área de serviço de Aveiras de Cima, e o autocarro ia com muita velocidade, não conseguindo controlar a trajectória, ou o pesado circulava devagar e o autocarro que ia atrás não contou com essa lentidão", explicou aquela fonte.
A empresa transportadora, que assegurava a ligação Arco de Valdevez - Lisboa, anunciou ontem a abertura de um inquérito interno ao ocorrido. "Não só já mostrámos disponibilidade para colaborar com as autoridades, como também iremos tentar averiguar o que possa ter levado a este acontecimento", disse Albino Gomes da Silva, director da Renex.
Uma das duas vítimas graves, uma mulher de 47 anos, faleceu ontem de madrugada no Hospital de São José, em Lisboa [ver caixa]. O motorista, Carlos Silva, foi transferido do São Francisco Xavier, em Lisboa, para o Hospital de São João da Madeira, mas está livre de perigo. Os restantes 19 feridos regressaram todos às suas casas.