Acordo para lançar estudo de corredor para linha de alta velocidade vai ser assinado este mês
O presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIMTTM), Pedro Lima, anunciou, esta terça-feira, que no próximo dia 23 de julho vai ser assinado o acordo para lançar o estudo de corredor para a ligação de alta velocidade até à fronteira com Espanha.
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“Trata-se de uma linha que atravessará toda a região Norte e ligará a Zamora. Nesse dia vai ser assinado o protocolo com a empresa Infraestruturas de Portugal para se fazer o estudo de corredor”, adiantou Pedro Lima no final de uma reunião entre a CIMTTM e CCDR-N que teve lugar em Bragança.
Na assinatura do acordo estará presente o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. “É um lançamento importante e um investimento grande, que orça em 1,5 milhões de euros. É o primeiro passo para chegar com a maior brevidade possível a essa realidade que trará coesão territorial e que vai desbloquear o Norte de Portugal”, referiu o presidente da CIMTTM.
As Terras de Trás-os-Montes há muito defende esta ligação entre Porto até Espanha via Trás-os-Montes que partiu de uma proposta e de um estudo prévio de viabilidade da Associação Vale D’Ouro com sede no Pinhão. “A CIMTTM pegou nesse estudo e dignificou-o, trazendo-o à praça pública. Defendeu-o. É esse o estudo que está em cima da mesa e que vai alicerçar este caminho. O governo anterior tomou a decisão em conselho de ministros de pedir às Infraestruturas de Portugal que fizesse esse estudo de corredor. O governo recém-empossado vai concretizar isso com a assinatura do protocolo para a realização do estudo”, indicou Pedro Lima.
O protocolo tripartido será assinado entre a CIMTTM, a Infraestruturas de Portugal e a CCDRN, cujo presidente, António Cunha, considera tratar-se de uma questão importante “que terá anúncios públicos em breve”.
A demora no lançamento do projeto “seguiu o seu caminho natural, demora mais do que desejaríamos”, admitiu o presidente da CIM, sublinhando que “temos de ver que um investimento de quase cinco mil milhões de euros é muito, muito significativo e tem de ser alavancado e alicerçado em pressupostos concretos, nomeadamente sermos a região do país mais produtiva e a que mais emprega”.
Pedro Lima realçou “que vai ser dado o primeiro passo de um caminho que é longo, mas em Portugal não existe um quilómetro de alta velocidade”.