Conserveira das Caxinas vai mesmo dispensar 97 pessoas, mas está disponível para pagar indemnizações. Sindicato quer 30 dias por cada ano de antiguidade.
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A administração da Gencoal está “disponível para negociar” as indemnizações e até fazer “pequenos ajustes” à lista de trabalhadores, mas garante que o despedimento de 97 pessoas é “inevitável” para assegurar a viabilidade da empresa. A informação foi dada ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Bebidas (STIANOR), numa reunião na conserveira das Caxinas, em Vila do Conde. Sindicato e empresa voltam a reunir dia 17.
“Neste momento, a maioria dos 97 trabalhadores que estão na lista quererá ir embora. Faremos uma reunião amanhã à tarde, para fazermos a lista final”, afirmou, ao JN, o coordenador do STIANOR. José Armando Correia explica a situação assustou as trabalhadoras, na sua maioria mulheres das Caxinas, com baixa escolaridade, salários mínimos, muitas carências económicas e numa idade – 40/50 anos - já difícil para arranjar novo emprego. Ainda assim, depois de estar numa lista dos “a despedir”, “a maioria” entende que, por um lado, “não tem condições para ficar na empresa”, por outro, neste momento, a empresa “está disponível e tem dinheiro” para pagar “os direitos”, o que, daqui a alguns meses, pode não acontecer.