Não estranhe se na terça-feira não avistar nenhum avião a sobrevoar o Grande Porto. Nenhuma aeronave vai deslocar ou aterrar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, devido a obras na pista.
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A empreitada, que consiste no reforço estrutural da pista e que vai custar 50 milhões de euros, teve início no final de julho e vai prolongar-se durante 19 meses. A intervenção tem acontecido de segunda a sábado, entre a meia-noite e as seis da manhã, para minimizar o impacto nas operações aeroportuárias.
No entanto, na terça-feira as obras "serão mais profundas", assumiu ao JN fonte da ANA, e os trabalhos vão acabar por demorar um período mais longo do que as seis horas diárias.
O dia não foi escolhido ao acaso, uma vez que para a realização das obras em causa era imprescindível que não chovesse. Por conta disso, e segundo a mesma fonte, a operação para este dia excecional no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, sem partidas nem chegadas, "está coordenada desde o início do ano".
Atempadamente, algumas transportadoras aéreas, como a DHL Express, avisaram os clientes que devido as obras de reforço programadas na pista do aeroporto "haverá uma interrupção temporária das operações", que poderá "causar alguns atrasos nas entregas".
Com este investimento, a ANA Aeroportos de Portugal garante que "vai reforçar as condições operacionais do Aeroporto do Porto", assumindo que esta "é a maior intervenção realizada na pista desta infraestrutura". Prevê-se que as obras estejam concluídas nos primeiros meses de 2026.
Entre outros trabalbalhos está prevista a repavimentação completa da camada de desgaste da pista 17-35, a substituição do sistema de luzes de pista por LED's, a renovação integral do sistema de drenagem da pista e até a instalação de infraestruturas civis para a implementação de equipamentos de navegação na pista 35 que vão permitir operações em baixa visibilidade.