Palmas pela suspensão das festas de Lavra, em Matosinhos, e GNR à porta da igreja levam comunidade a organizar protesto no próximo sábado. Diocese do Porto pediu “união e paz”.
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A “provocação e afronta”, na missa da manhã de domingo, foi a gota de água para a população de Lavra, em Matosinhos: confrontada com “a GNR à porta da igreja” e com as “palmas das senhoras da comissão fabriqueira, quando o sacristão disse que ia haver comunhões mas não a festa [de Nossa Senhora de Fátima]”, a comunidade, que inclui o núcleo piscatório de Angeiras, decidiu avançar com uma manifestação no próximo sábado, durante a procissão de velas.
No evento, sairá à rua a imagem peregrina de Fátima, que “nada tem a ver” com a que está na igreja de Lavra e no centro da polémica que opõe lavrenses e pároco local, por este não autorizar a inclusão, na procissão de Nossa Senhora de Fátima, em agosto, da santa que desfila até à praia há mais de 80 anos, para abençoar barcos e pescadores. O diferendo levou, há uma semana, à demissão em bloco da comissão de festas, e, na quinta-feira, um grupo de lavrenses foi ouvido na diocese do Porto sobre a questão, comprometendo-se a “aguardar pela resposta do senhor bispo”, dentro de cerca de uma semana.