<p>Arménio Cajão e o seu filho Dylan, de 13 anos, queixam-se que foram violentamente agredidos, na passada segunda-feira. Acusam o presidente da Junta de Caniçada, Vieira do Minho, da autoria dos actos, mas o autarca contrapõe e avança provas que foi ele o agredido.</p>
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Arménio Cajão não encontra explicações para o sucedido. Nem o desacordo ideológico que colocou os dois homens em listas opostas, concorrentes à Junta de Freguesia de Caniçada são suficientemente fortes para "justificar tais actos". O certo é que, Cajão teve um acidente de somenos importância (espelhos retrovisores partidos) e estava a debater com o outro acidentado, quando foi abordado por João Rocha, autarca de Caniçada.
"Saltou o muro e virou-se para mim a dizer que entregasse os documentos ao outro indivíduo, porque eu não era guarda. E insistiu que devia chamar a GNR. Eu respondi-lhe que não tinha chamado a GNR porque o outro envolvido no acidente tinha dito que não queria que chamasse a GNR", explica Arménio Cajão. Os ânimos exaltaram-se e terá sido então que Arménio Cajão foi agredido, com um soco. "O meu filho, ao ver aquilo veio em meu auxílio. Foi então que o senhor João Rocha lhe deu um pontapé que o atirou pelo ar. Só não continuou com as agressões, porque, entretanto, apareceu outro sujeito que o agarrou", relata Arménio Cajão. Arménio regressou a casa, mas entrou em convulsões e teve de ser assistido pelo Inem que viria a transportá-lo, tal como o filho, ao hospital de S. Marcos, em Braga, onde esteve em observações durante seis horas. Na terça-feira, Cajão foi submetido a exames periciais no Instituto de Medicina Legal (IML) de Braga e formalizou a queixa na GNR de Vieira do Minho.
Agredido
Versão oposta tem o autarca. João Rocha diz que apenas actuou porque entendeu que Cajão "estava a aproveitar-se do outro acidentado que aparentava dificuldades em falar. Eu estava no meu quintal a ouvir tudo sem que me vissem. Retirou-lhe os documentos e disse-lhe que, ou pagava 100 euros ou ia para casa fazer o croqui do acidente", relata o autarca de Caniçada.
Vendo que Arménio se preparava para abandonar o local, o autarca decidiu intervir. "O moço pediu-lhe os documentos, mas ele entrou no carro. Tentei tirar-lhe os documentos e foi quando ele me agarrou dois dedos e retorceu, partindo-me um dedo. Segundo as pessoas que entretanto acorreram ao local, o filho dele tentou morder-me uma perna. Foram eles que me disseram que nem me lembro". João Rocha também foi visto no IML e apresentou queixa na GNR.