O presidente da ACOS-Agricultores do Sul afirmou esta quarta-feira, na 40.ª edição da Ovibeja, que os agricultores precisam de “maior investimento público e inclusão em programas de financiamentos futuros para atrair jovens” à região. O desejo vai ao encontro do tema do evento, dedidado ao “Associativismo agrícola”.
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Rui Garrido expressou ao primeiro-ministro e ao Ministro da Agricultura a “necessidade de construção de mais reservatórios de água no Sul”, tendo como estratégia “a criação de pequenos regadios para apoio ao sequeiro, onde a pecuária extensiva tem a sua grande expressão”.
“Sem água não há vida, não há biodiversidade, não há produção de alimentos”, notou o líder da ACOS, frisando que a falta do precioso líquido “leva ao abandono dos campos, à cessação da atividade económica e à desertificação". "É necessária mais água para a agricultura”, sustentou, frisando que a água de Alqueva não é ilimitada.
Garrido defendeu que “a quota fixada para a agricultura a partir de Alqueva deve ser revista, uma vez que já é insuficiente para a área abrangida pelo empreendimento”, devendo passar pela captação de mais reservas e pela “renegociação com a EDP do volume de água”. Além disso, deixou duras críticas ao PEPAC e às negociações do anterior Governo, sustentando que “ainda mal tinha nascido e já se revelava inadequado à agricultura portuguesa”, apontando como erros “a redução das ajudas, a manutenção das exigências ambientais sem qualquer tipo de apoio".
O presidente dos agricultores do Sul disse ainda que é preciso "encontrar uma solução" para a mão-de-obra com maior expressão da Ásia e África. "Há problemas a sanar, nomeadamente a precariedade dos contratos de trabalho, de habitabilidade, fiscalização entre outras. Estamos empenhados em resolver os problemas associados à imigraçãono nosso mercado de trabalho”.
A Ovibeja, com fortes impactos no setor agrícola e pecuário, decorre até domingo e estão previstas as visitas do presidente da República, no domingo, e dos líderes do CDS-PP, PCP e PS.