Os agricultores que cortaram o acesso da Estrada Nacional (EN) 109 às autoestradas A1 e A29 em Estarreja, no distrito de Aveiro, já desmobilizaram após a marcação de uma reunião, na próxima semana, no Ministério da Agricultura.
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Segundo disse à Lusa Filipe Duarte, porta-voz do grupo de agricultores, os acessos foram desbloqueados pelas 22 horas e os agricultores esperam agora pelos resultados de uma reunião marcada para terça-feira, às 17 horas, com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues.
"Não queremos subsídios queremos que valorizem o nosso produto, nós não somos subsidiodependentes, e precisamos que esta PAC [Política Agrícola Comum], que foi aprovada, seja ligeiramente alterada porque as ecoambientais, do jeito que estão, nós agricultores não conseguimos trabalhar", afirmou o produtor de carne e leite de Válega, no concelho de Ovar.
Entre as principais reivindicações dos agricultores estão um preço justo à produção e a regularização do mercado.
Este movimento nasceu espontaneamente do protesto realizado esta manhã pela União de Agricultores e Baldios do Distrito de Aveiro (UABDA) e que juntou mais de uma centena de tratores e máquinas agrícolas numa marcha lenta ao longo da EN 109.
Cerca das 14 horas a UABDA deu por terminado o protesto, mas largas dezenas de tratores continuavam parados, bloqueando os acessos da EN 109 às autoestradas A1 e A29 em Estarreja.