A Câmarade Gaia aprovou, com os votos contra do PSD, o aumento do tarifário da água e saneamento, a partir do segundo escalão, para 2024.
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Na proposta, a Autarquia explicou que a atualização dos preços se deve à inflação.
“No que respeita aos serviços de abastecimento de água e saneamento o aumento que se propõe teve em conta a evolução de preços decorrentes da inflação, mas salvaguardando a acessibilidade económica dos utilizadores”, sustenta lo documento, aprovado em reunião de Executivo nesta segunda-feira.
Assim, em 2024, o tarifário da água para consumos domésticos sofre alterações nos segundo, terceiro e quarto escalões, sendo que quem está no primeiro escalão, o que significa que tem consumos até aos cinco metros cúbicos, vai continuar a pagar 60 cêntimos por metro cúbico.
Com esta atualização, o metro cúbico do segundo escalão passa de 75 para 90 cêntimos, no terceiro escalão o valor aumenta de 1,80 para dois euros e no quarto escalão sobe de dois para 2,10, refere a proposta.
O aumento dos preços da água também se fazem sentir para as tarifas especiais, nomeadamente as familiares e sociais.
“Com os tarifários propostos, os gaienses vão ter de suportar um aumento considerável da fatura mensal, sendo que as atualizações do preço da água e do saneamento são de valor muito superior ao valor da inflação, previsto para 2024, mesmo incorporando a correção necessária pelo facto de não ter havido atualização em 2023”, disse o vereador do PSD Rui Pereira Rocha na justificação do voto contra à proposta.
Falando num aumento de 20%, o social-democrata considerou que os gaienses vão ter de pagar uma fatura “demasiado onerosa em tempos muito difíceis”.
Além do acréscimo nos valores da água, o tarifário mensal de saneamento também regista um aumento quer para o segundo escalão, quer para as tarifas especiais.
O valor do primeiro escalão mantém-se nos 60 cêntimos, passando a alteração pelos valores do segundo e terceiro escalão que aumentam de 75 para 90 cêntimos e de 1,50 para 1,90 euros, respetivamente.
“Regista-se, aqui, também um acréscimo na mesma ordem de grandeza [da água], ou seja, de 20%”, frisou Rui Pereira Rocha.