A Águas do Alto Minho, que gere o sistema público de abastecimento em baixa nas freguesias do concelho de Caminha com casos de legionela (Vila Praia de Âncora, Moledo e Vilarelho), garantiu, esta tarde, que a água da rede "é segura".
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Em comunicado, a empresa informa que "está a acompanhar, em colaboração com a autoridade de saúde, a situação de ocorrência de alguns casos positivos de doença dos legionários em residentes das mesmas freguesias, no sentido da identificação da(s) causa(s), controlo e mitigação da(s) mesma(s)". E adianta que, tanto a Águas do Alto Minho como a Águas do Norte, entidade gestora do sistema em alta (captação, tratamento e reservatórios), "têm implementados rigorosos sistemas de monitorização e controlo da qualidade da água, nas componentes que constituem o sistema de abastecimento de água até à entrada das redes prediais dos clientes".
A Águas do Alto Minho adianta que são realizadas "múltiplas análises a diversos parâmetros da qualidade da água, com recurso a laboratórios externos acreditados, parâmetros que incluem a pesquisa e quantificação periódica de bactérias do género legionela". E garante que "não existem quaisquer registos positivos dos agentes legionela no histórico de resultados, tanto os mais recentes, como no restante ano 2023".
"Estes resultados, em conjunto com os resultados dos restantes parâmetros monitorizados, e o cuidado tratamento e desinfeção garantem a qualidade e segurança da água distribuída para consumo humano e demais usos domiciliares", conclui.
Entre terça-feira e hoje, foram identificados oito casos de legionela no concelho de Caminha, estando as autoridades de saúde no terreno a recolher materiais em equipamentos eventualmente suspeitos de foco de contaminação, para análise no Instituto Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O delegado de saúde do Alto Minho, Luís Delgado, informou hoje que a investigação ambiental se foca em Vila Praia de Âncora, dado que a maioria dos casos (cinco) são residentes naquela freguesia e "muito próximos" uns dos outros. O responsável considerou que "não há razões para alarme", mas indica que, por precaução, pessoas idosas e vulneráveis em termos de saúde devem manter-se recatadas.