<p>A subida repentina da água na cidade de Tavira, devido à chuva, provocou inundações em Santa Luzia e Cabanas, mas sem atingir habitações. Em Faro, o acesso à praia esteve mesmo interditado e os automobilistas impedidos de circular na única estrada da ilha. </p>
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Por causa do mau tempo e das inundações, um pouco por toda a cidade de Tavira, a Câmara Municipal viu-se obrigada a emitir ontem um alerta à população, para que tomasse precauções, mas as condições meteorológicas acabaram por melhorar ao longo da madrugada e não se registaram danos significativos ou vítimas.
Em Faro, o acesso à praia esteve interditado também na madrugada passada e durante cerca de três horas os condutores estiveram impossibilitados de circular na única estrada da ilha.
De acordo com uma fonte da Zona Marítima Sul, a pior altura aconteceu na hora da preia-mar, fazendo com o mar avançasse em direcção às casas, mas sem atingir as habitações.
Segundo a mesma fonte, a estrada da ilha foi interditada por ter sido invadida pelo mar e também por grandes quantidades de areia, fruto dos ventos fortes e da maré viva, o que podia levar a que os automóveis ficassem atolados.
Só cerca das seis horas, as condições meteorológicas começaram a melhorar e a circulação automóvel voltou a fazer-se na praia de Faro, depois de terem sido efectuadas limpezas na praia.
Também na ilha da Fuseta, onde as casas existentes estão reduzidas a metade devido às tempestades deste Inverno, o mau tempo afectou o cais de embarque para a ilha e o único restaurante lá existente.
Por causa dos estragos, o Ministério do Ambiente já iniciou o processo de adjudicação para os trabalhos de limpeza e remoção de construções na ilha da Fuseta.
As intervenções na ilha, situada entre Olhão e Tavira, incluem ainda o reforço do cordão dunar e da nova barra, entretanto aberta pela natureza.
A força do mar já destruiu este Inverno na ilha da Fuseta metade das casas que tinham sido sinalizadas para serem demolidas ao abrigo do programa Polis Litoral Ria Formosa, antecipado as intervenções previstas, para preservar os ecossistemas e as actividades económicas.