Por estes dias, são centenas os voluntários que, ao longo das estradas, apoiam quem caminha até Fátima. Uns tratam das feridas do corpo e da alma, outros de ajudar a confortar o estômago dos peregrinos. A ajuda prestada nos postos de auxílio revela-se fundamental para chegar ao fim.
Corpo do artigo
“Pés novos não temos. Só de cera e em Fátima”. É a brincar que Ana Santos tenta descontrair o peregrino deitado numa das marquesas do posto que a Cruz Vermelha tem instalado na Redinha, em Pombal. Objetivo cumprido. Ana arranca um sorriso ao caminhante, que procurou ajuda para tratar das bolhas nos pés, depois de quatro dias a caminhar. “Uma brincadeira pode fazer diferença. Ajuda a mudar o astral da pessoa e a fazê-la encarar o resto do caminho como se Fátima fosse ao virar da esquina”, diz Joana Freitas, outra das voluntárias.
Mas Fátima não é “já ali”. Fica ainda a cerca de 60 quilómetros e para muitos peregrinos a ajuda prestada nos postos de apoio revela-se fundamental para chegar ao fim. Foi, aliás, essa constatação que fez Ana Santos a trocar a peregrinação a pé, que fez durante vários anos, pela ajuda aos caminhantes.