Porto e Gaia tomam medidas para acabar com convívios de centenas de pessoas, que se verificam também em Lisboa e Braga. PSP reforça fiscalização.
Corpo do artigo
As câmaras municipais do Porto e de Gaia estão a tomar medidas para combater os aglomerados de pessoas, sobretudo de jovens, em vários espaços públicos, ditando o encerramento de zonas como as Virtudes ou o Jardim do Morro. Com os bares e discotecas fechados, têm sido cada vez mais os convívios ao ar livre, com aglomerados que não cumprem as regras de distanciamento. Uma situação que se verifica um pouco por todo o país, de Braga a Lisboa.
"Temos assistido ao recrudescer de atividades sociais diversas de convívio, pontuais e organizadas entre grupos de amigos que poderão potenciar a multiplicação de redes de contágio", confirma ao JN a PSP, garantindo o reforço da fiscalização a atividades sociais que "proporcionem ajuntamentos".
A PSP adianta que as pessoas que não obedecerem às observações de distanciamento e à dissipação dos ajuntamentos "poderão ser detidas pela prática do crime de desobediência".
Além dos jardins, também as bombas de gasolina e as rulotes de comida, abertas até ao início da madrugada, têm sido também muito procuradas por grandes grupos de pessoas reunidas a consumir álcool.
Sem distanciamento
Com muitos cafés e os espaços de animação noturnos ainda fechados, as zonas ao ar livre têm ficado cheias, nas últimas semanas, com centenas de jovens a conviver e a consumir álcool.
Munidos de bebidas e de comida, com poucas máscaras e sem distanciamento social, a festa faz-se na rua. Perante este cenário, as autarquias não hesitaram em cortar o mal pela raiz.
Ao JN, a Câmara de Gaia explicou que, ontem, o Jardim do Morro foi "encerrado ao público, devido à aproximação de dois feriados" e por se ter verificado "um elevado ajuntamento de pessoas neste local, o que motivou algumas queixas por parte dos moradores devido ao ruído". Por sua vez, a Câmara do Porto adiantou que o jardim do Passeio das Virtudes foi encerrado por "razões de saúde pública" lembrando que ainda estamos em "estado de calamidade". Não há, para já, previsão para a reabertura de nenhum dos espaços.
Detalhes
Situações pontuais
Os ajuntamentos de pessoas nos postos de gasolina à noite são meramente pontuais e não são comuns a todo o território, diz Francisco Albuquerque, presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis.
Até final do mês
O primeiro-ministro anunciou que continuará a vigorar até ao final do mês a situação de calamidade "porque neste período se verifica a coincidência dos festejos tradicionais dos santos populares, a existência da abertura à Europa das fronteiras aéreas aos países europeus também o elevado número de feriados".