Alargamento da Linha do Minho: moradores com o coração nas mãos sem saber se vão ficar sem casa
Projeto de duplicação da Linha do Minho, entre Contumil e Ermesinde, prevê a demolição de 15 habitações ocupadas, mas moradores dos imóveis sinalizados ainda não foram informados.
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O concurso público já foi lançado há duas semanas e as 15 habitações ocupadas que vão ser demolidas por causa do projeto de duplicação da linha ferroviária do Minho, entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo) estão sinalizadas no papel. Mas os moradores ainda não foram informados e começam a desesperar sem saber se vão mesmo ficar sem habitação e se o processo de expropriação, a levar a cabo pela Infraestruturas de Portugal (IP), vai permitir continuarem a ter o mesmo tipo de casa na mesma zona.
António Machado tem 75 anos. Vive há 47 numa casa arrendada da Travessa do Padre Joaquim das Neves, em Rio Tinto (Gondomar), que está sinalizada para demolição no projeto de duplicação da Linha do Minho. Contudo, António e a mulher não sabem de nada. "É uma ansiedade terrível. Não quero sair daqui. É aqui que tenho a minha horta, que vivi grande parte da minha vida", diz.