Comunidade de Seramil está "revoltada" e acusa o sacerdote de "destruir tradições" locais. A GNR foi chamada para acalmar os ânimos.
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Ainda a noite não tinha sido desfeita quando a população de Seramil, em Amares, se começou a concentrar junto à igreja, onde às oito horas da manhã de domingo deveria ter havido missa. Rapidamente se percebeu, porém, que a intenção era não abrir as portas e esperar a chegada do padre António Magalhães Sousa, colocado na paróquia em setembro, para mostrar a “revolta” da comunidade, que acusa o sacerdote de “destruir tradições” daquela terra, onde vivem cerca de 150 pessoas. Após intervenção da GNR, que chegou antes do padre, a igreja foi aberta, mas a celebração não se realizou tendo em conta o clima de tensão criado.
“O senhor padre vinha para celebrar a missa, mas nós não o queremos cá”, garantiu Jorge Marques, um dos paroquianos “revoltados” que trocaram algumas palavras com o sacerdote à porta da igreja. “Disse-lhe que é o fim da linha dele aqui”, acrescentou, sublinhando que “nunca” antes houve conflitos com outros sacerdotes. “Mal cá chegou, este padre deu-nos a entender que poderia fechar a nossa igreja, o que nos obrigaria a ir à missa a outros sítios”, apontou Jorge Marques.