
Póvoa Dão, a 10 minutos de Viseu, tem 100 hectares
Foto: Leilosoc
A Póvoa Dão tem cerca de 40 casas, restaurante, piscina e campo de ténis. Leilão decorre até 5 de dezembro
A Aldeia Histórica da Póvoa Dão, em Silgueiros, Viseu, está à venda em leilão online com um preço base de quase 1,7 milhões de euros (ME), anunciou esta segunda-feira a leiloeira responsável, Leilosoc Worldwide. A venda em leilão online da Póvoa Dão surge na sequência do "processo executivo da Nacala Holdings SARL e Outros", do Grupo Catarino, proprietário da aldeia.
Ao JN, fonte da leiloeira adiantou que em causa estão 17 casas recuperadas e pouco mais de 20 em ruínas, um restaurante, uma piscina, um campo de ténis e uma capela. Fora do leilão estão as casas, entretanto, compradas por particulares, que serão "entre seis e oito", ainda segunda a mesma fonte.
"Situada a 10 minutos de Viseu, esta aldeia conta com uma área total de cerca de 100 hectares. Nas suas características principais é o casario tradicional, que mantém a traça original e a existência de capela, restaurante, estacionamento, zonas comuns, e espaços exteriores ajardinados", destaca o documento.
As licitações no leilão, abertas ao público, decorrem até 5 de dezembro deste ano e "podem ser adquiridas por um valor base de 1.699.898,08 euros e um valor mínimo de 1.444.913,35 euros".
Foto: Leilosoc
Interessados
"Esta é uma oportunidade rara no mercado imobiliário português, oferecendo um potencial único para projetos de: ecoresort de luxo ou aldeamento turístico; empreendimento imobiliário e enoturismo e condomínio rural sustentável", realça.
Fonte da leiloeira disse ao JN ter já recebido "dezenas" de manifestações de interesse que poderão resultar em propostas nas próximas semanas.
A Póvoa Dão foi notícia em maio de 1995 por ter sido vendida por 80 mil contos (cerca de 400 mil euros), numa altura em que viviam na aldeia "quatro idosos, das ofertas de famílias que 20 anos antes habitavam na localidade".
Em 2000, a Póvoa Dão voltou a ser notícia pelas 32 casas (de T0 a T3) de traça rural totalmente construídas em granito, na margem esquerda do rio Dão, estando disponíveis para venda e também para turismo. Quatro anos depois, o presidente do grupo Catarino, de Cantanhede, Vitor Catarino, que adquiriu uma aldeia e a recuperou, disse à Agência Lusa que, apesar de há mais de um ano várias famílias ocupadas já as suas casas, que têm licença de habitabilidade, só nos últimos dias foi concedida a licença de turismo de aldeia, que permitiu receber turistas nalgumas habitações reservadas para o efeito". Em 2004, o então ministro da Economia, Carlos Tavares, inaugurou a reabilitação de Póvoa Dão.
Desde a sua aquisição, em 1995, o Grupo Catarino investiu 3,5 milhões de euros na recuperação da aldeia e em infraestruturas.
