Alexandra Leitão uniu PS, BE, Livre e PAN na candidatura à Câmara de Lisboa para combater Carlos Moedas.
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A socialista Alexandra Leitão criticou, esta sexta-feira, o “radicalismo disfarçado de moderação” do atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a quem acusa de falar muito de segurança, mas não melhorou a iluminação pública, não instalou videovigilância e mantém uma polícia municipal “com um número de agentes em mínimos históricos”. A candidata, que uniu a Esquerda (à exceção do PCP) em torno da sua candidatura, quer ter, pelo menos, 20% de casas públicas no concelho de Lisboa.
O acordo da coligação Viver Lisboa, embora tenha sido anunciado inicialmente como Lisboa Decidida, une PS, Livre, BE e PAN. A CDU ficou de fora e o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desdramatiza. “Deram as mãos os que quiseram ter este espírito de serviço. Estão na partilha de um dever comum, depois de uma longa negociação”, sublinhou o socialista, que traçou ontem um dos objetivos do partido para as eleições autárquicas: “Queremos ganhar [as câmaras de] Lisboa, Porto, Coimbra e Braga”.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, considera que a capital é cidade que está “mal-amada” por Carlos Moedas e pelos seus vereadores com pelouro. Já Mariana Mortágua, líder do BE, entende que o autarca social-democrata fez de Lisboa “uma cidade para os ricos dos mais ricos”.
Transportes gratuitos
E Alexandra Leitão propõe-se tornar a capital num concelho menos desigual, desde logo garantindo que morar na cidade não é um privilégio, mas um direito.
Na habitação, a socialista defende que o município tenha, pelo menos, 20% de casas públicas através da reabilitação de edifícios devolutos, a instalação de casas modulares em terrenos municipais e a regulação do alojamento local. Também preconiza quotas obrigatórias de renda acessível nos novos empreendimentos a edificar por privados e “travar a conversão de habitação em turismo”.
A coligação Viver Lisboa promete transportes públicos gratuitos para os residentes e a execução de corredores bus. É fundamental melhorar a limpeza urbana e proteger o património arbóreo.