Entre os vários milhares de pessoas que assistiram, ontem, ao Grande Corso do Carnaval de Ovar, 50 estavam particularmente emocionadas. Comovidas, até. Originários de países como a Rússia, Moldávia, Cazaquistão, Ucrânia, entre outros, onde, disseram, não se festeja "ainda" o Carnaval, os elementos do grupo não escondiam o enorme entusiasmo perante todo o clima de festa que se fazia sentir.
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"Compramos os bilhetes de bancada com muita antecedência porque, já que era a primeira vez que íamos assistir a um desfile de Carnaval, queríamos sentir-nos verdadeiramente como gente", confessou Alina Dudcó, da Moldávia e presidente da "Kalina", a Associação dos Imigrantes de Leste do Porto, responsável pela excursão.
Artur e Maria Alzira Marta, do Porto, assitiram, por seu turno, de pé, a mais um dos muitos desfiles que viram ao longo da vida. "Gostava de ter trazido a minha neta porque tenho a certeza que ela ia adorar isto", lamentou Maria Alzira. O marido, esse, disse preferir assim. "Estamos mais sossegados e podemos apreciar melhor", explicou, à passagem de "freiras" com atrevidos vestidos pretos justos e lábios muito vermelhos.
"No ano passado fomos a Vila Real de Santo António, onde desfilou aquela magrinha, a Marisa Cruz, mas continuamos a preferir o Carnaval de Ovar", concluiu Artur Marta.