Almada retira famílias de casas degradadas no Cais do Ginjal por risco de derrocada
A Câmara Municipal de Almada vai retirar cerca de 50 pessoas que ocupam ilegalmente casas em risco de derrocada junto ao turístico Cais do Ginjal e fechar toda a zona com um portão metálico.
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Os residentes, algumas famílias com crianças, vão ficar durante duas semanas numa Zona de Concentração e Apoio à População numa escola em Almada, até encontrarem solução habitacional.
A medida surge uma semana depois de a autarquia ter declarado a situação de alerta e proibido a circulação pedonal neste ponto turístico de Almada em avançado estado de degradação. Esta quinta-feira, Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, afirmou que o risco de derrocada é iminente e que as pessoas não podem permanecer no local.
Em causa está o acelerar da degradação potenciada “pelos vários eventos meteorológicos e fenómenos naturais que se têm vivenciado”, avançava a autarquia no dia 3 de abril. Esta quinta-feira foi colocada uma vedação no local com uma porta com acesso restrito entre terminal fluvial de Cacilhas até aos estabelecimentos de restauração existentes no Olho de Boi.
O Movimento Vida Justa considera que a autarquia deve proporcionar uma solução de alojamento às pessoas que vai retirar do espaço. Em comunicado, refere que foi "a crise da habitação que tem levado a pessoas ocuparem os espaços devolutos. Agora, a Câmara de Almada pretende desalojar os moradores, tendo como alternativa pernoitarem numa escola, sem perspetiva de uma solução de habitação digna".