Alpinistas salvos pelo telemóvel

Tudo aconteceu quando os dois homens praticavam escalada nas íngremes e exigentes paredes do famoso Cântaro Magro, na vertente virada para o Covão d'Ametade, no município de Manteigas. Por causas que ainda estão por apurar, um deles caiu numa ravina e ficou imobilizado devido a uma fractura na perna. "Após várias tentativas, um dos alpinistas conseguiu ligar para o 112, tendo o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) accionado o serviço distrital da Protecção Civil da Guarda, que mobilizou GNR e bombeiros para o local", adiantou Seara Pires, segundo comandante do CDOS da Guarda.

Segundo a GNR da Covilhã, o alerta foi recebido cerca das 21.40 horas de domingo, altura em que foram mobilizadas duas equipas do Grupo de Montanha. Apesar do nevoeiro e da queda de neve que se faziam sentir no maciço central, os guardas localizaram rapidamente os dois homens numa zona de difícil acesso e constataram que um deles estava ferido. «Foi necessário chegar até eles e depois instalar todo o equipamento para a deslocação de homens e resgate em rappel», explicou comandante distrital da GNR de Castelo Branco, que tutela o posto da Torre. Hélder Almeida adiantou à Lusa que os sinistrados foram levados para a base do Cântaro Magro, "de onde foram retirados num helicóptero da Protecção Civil". A operação foi dada por terminada às cinco da manhã de segunda-feira, tendo o ferido sido transportado para o Hospital S. Teotónio, em Viseu. Já o segundo montanhista acompanhou a equipa de resgate até á Covilhã.

O Grupo de Montanha, especializada em situações de resgate em zonas montanhosas, foi criado em 2003, tendo já cumprido cerca de uma vintena de missões. Uma das suas principais funções é o aconselhamento dos diversos grupos que realizam actividades naquela zona do parque. Porém, e uma vez que integra o Dispositivo Integrado de Protecção e Socorro da Serra da Estrela (juntamente com homens da GNR e bombeiros), o Grupo de Montanha está apto, entre outras situações, para buscas e salvamentos.