Os alunos da escola básica de Silvalde, Espinho, andam aterrorizados com um colega de 12 anos por alegadas agressões frequentes e ameaças de morte.
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Os pais fecharam a escola a cadeado, na manhã de hoje, como forma de protesto. O diretor do agrupamento garante que o caso está a ser seguido e apela a serenidade. "Ele [o jovem em causa] já agrediu vários alunos e até a professora". "O meu filho já teve ameaças de morte por defender os colegas", explica Tânia Santos, mãe de um aluno da mesma turma do quatro ano do ensino básico.
Diz que a os pais estão preocupados com a segurança dos alunos, incluindo das outras turmas. "Andam na escola 200 alunos e tememos pela segurança de todos", afirma esta mãe que deixa, ainda, críticas à direção da escola. "A direção está à espera que aconteça uma desgraça para depois fazer alguma coisa", disse.
Outros pais não calam também a revolta. Garantem que o menor chegou a andar armado com uma navalha no estabelecimento de ensino. "Isto já se está a passar há dois anos sem que ninguém faça alguma coisa". "Esteve de castigo em casa 15 dias e quando voltou sexta-feira voltaram os problemas", disse outro pai.
"Na sexta-feira tive que ir buscar o meu filho à escola, porque ele o agrediu aos pontapés". "A direção da escola não queria que eu fizesse queixa na PSP, mas teve que ser", afirmou por seu lado Mónica Rocha, outra mãe.
O diretor do Agrupamento de Escolas Manuel Gomes de Almeida, Ilídio Sá, considera que houve "precipitação" com o fecho da escola a cadeado. "Este tipo de ação não resolve nada". "Tem havido um trabalho intenso de várias entidades para analisar esta e outras situações", disse.
O responsável lembra que o problema está, ainda, a ser seguido por psicólogo e médico de família. "Não podemos desviar o problema para outro sítio", disse Ilídio de Sá referindo-se à possibilidade defendida por alguns pais de enviar o aluno para outra escola.