Os cerca de 180 alunos do Externato Delfim Ferreira, em Riba de Ave, em Famalicão, vão terminar o ano letivo noutra escola.
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O colégio está insolvente e a solução apresentada pelo Ministério da Educação passa pela transferência para escolas públicas. A Benjamim Salgado, em Joane, é uma das possibilidades apresentada.
Contudo, Nelson Costa, representante dos encarregados de educação, assegura ter a informação de que a escola de Joane "está cheia". Os pais pretendiam que os alunos ficassem no externato até ao final do ano letivo.
Nelson Costa adiantou ao JN que nas reuniões que teve com o delegado Regional de Educação lhe foi dito que o ministério estava a "estudar uma solução para viabilizar o colégio" até ao final do ano letivo. Tal, acrescentou, deixou os pais na "expectativa". Lamenta, por isso, que a resposta do Ministério da Educação sobre a transferência para o estabelecimento de ensino de Joane só tenha chegado depois de insistirem. "É inaceitável".
O Ministério da Educação assegurou que "continua a ter um acompanhamento de proximidade relativamente a este caso, não havendo neste momento qualquer diligência em falta". Acrescentou que os pais foram "esclarecidos pelo administrador de insolvência" da situação do colégio e, "conhecedores das condições futuras e dos potenciais impactos das decisões judiciais por tomar, assumiram a vontade de que os seus educandos permanecessem naquele colégio".
O ministério diz ter garantido "desde logo" resposta para aqueles alunos "na escola pública, em qualquer momento". A sociedade proprietária do Externato Delfim Pereira foi declarada insolvente em março, depois de ter sido recusado o processo especial de revitalização que apresentou, devido a dívidas de cerca de quatro milhões de euros.
Entretanto, também o polo da Didáxis de Vale S. Cosme, que acolhe cerca de 500 alunos, vai fechar portas no final do ano letivo e transferir os alunos para o estabelecimento de ensino de Riba de Ave. O encerramento da escola acontece depois dos cortes no financiamento às turmas com contrato associação.
Entretanto, Câmara Municipal de Famalicão e a Didáxis estão em "conversações" para averiguar "sobre a adaptabilidade do espaço às necessidades do município, nomeadamente para instalação do Centro Tecnológico das Carnes e do funcionamento de cursos técnicos superiores profissional". Mas, diz o município "ainda não foi iniciado qualquer procedimento negocial".