<p>Os três alunos da Escola Secundária de Penacova condenados em Abril a serviço comunitário estão, desde esta semana, a elaborar o regulamento eleitoral para a Associação de Estudantes. A Direcção entende que é uma forma de os estudantes fazerem história.</p>
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"Queríamos que o serviço prestado não fosse verdadeiramente um castigo, porque estes três alunos são dignos do respeito de todos nós", explica ao JN a directora do Agrupamento de Escolas de Penacova, Ana Clara. Como os três alunos fizeram parte da Associação de Estudantes em anos anteriores e conhecem os problemas eleitorais, a direcção entende que estão bem colocados para fazer um bom trabalho.
Ingenuidade processual
O serviço começou anteontem e dura até 8 de Março. Todas as segundas-feiras, das 14 às 18 horas, os três alunos vão elaborar o regulamento, num total de 20 horas a que foram condenados pelo tribunal. Ana Clara recorda que, na altura, todos os professores se insurgiram contra a decisão judicial. "Terá havido alguma ingenuidade processual, porque eles não mereciam ter sido tratados deste modo. São três alunos excelentes", entende.
A solução da escola agrada à Associação de Pais do agrupamento. A presidente da associação, Magda Vieira, defende que o processo "nunca devia ter chegado à barra do tribunal", uma vez que os três jovens nunca chegaram a fechar a escola a cadeado. "Devia ter sido resolvido dentro da escola", considera. Apesar de lamentar que os alunos sejam castigados, mostra-se "de certa forma contente" por darem o seu contributo à escola.
Fábio, Gonçalo e Eduardo foram condenados em Abril de 2009 pelo Ministério Público a serviço comunitário por terem tentado fechar a porta da escola a cadeado. Actualmente, Gonçalo estuda no Ensino Superior, e os outros dois a terminar o 12º ano.