<p>As piores expectativas confirmaram-se: uma pessoa foi encontrada sem vida dentro de um carro soterrado nos destroços de um viaduto em construção na A4, em Geraldes, Amarante, que caiu cerca das 20 horas de ontem, quarta-feira. O acidente causou ainda oito feridos. Todos tiveram alta hospitalar durante a madrugada.<br /></p>
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A suspeita que se foi avolumando ao longo da noite de que pudesse estar pelo menos um automóvel sob os escombros (apesar da construção do viaduto, os carros continuaram circular na A4) veio assim a revelar-se com fundamento.
Ao que o JN apurou no local, um homem, de idade compreendida entre os 40 e os 50 anos, que circulava numa viatura da marca BMW na altura da derrocada, foi retirado sem vida dos escombros. Era o único ocupante do carro, que seguia na direcção Vila Real-Porto.
A derrocada aconteceu quando se procedia à betonagem do "esqueleto" do viaduto. A estrutura não terá aguentado e cedeu.
Quando ocorreu o acidente, estariam 20 trabalhadores naquela frente de obra, alguns deles em cima do viaduto, com cerca de 10 metros de altura. Oito operários ficaram feridos, tendo sido assistidos pelo INEM e pelos Voluntários de Amarante, antes de serem transportados para os hospitais de Amarante e de Penafiel. O Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, que gere ambos os hospitais, activou o plano de emergência de catástrofes da unidade de Amarante.
Duarte Ribeiro, 23 anos, Rodrigo Barreto, 49, Ione Petreas, 38, Pedro Ferreira, 22, de Tarouca, Agostinho Sousa, 32, de Penafiel, Joaquim Santos, 40, de Tarouca, Delfim Rodrigues, 34, e Manuel Amaral, 24, ambos do Marco de Canaveses, receberam tratamento e tiveram alta durante a madrugada.
Não foram avançadas explicações para a queda da estrutura do viaduto, que aconteceu numa zona em que o trânsito continuava a circular, embora com os constrangimentos inerentes a uma área com uma empreitada em curso. Aliás, foi naquela zona que, em Novembro do ano passado, uma carrinha ficou esmagada entre dois camiões, provocando a morte a uma pessoa.
Os destroços do viaduto ocuparam a auto-estrada, pelo que as autoridades (a GNR esteve presente com elementos dos destacamentos territorial e de trânsito) tiveram de desviar o trânsito para a Via do Tâmega e para Marco de Canaveses, através da EN210.
Mal souberam do sucedido, operários que se encontravam noutras frentes de obra do alargamento do IP4 deslocaram-se para o sítio do acidente, com o objectivo de ajudar no socorro.