A Câmara de Amares aprovou, esta segunda-feira, a adjudicação do serviço de recolha de lixo, por 6,3 milhões de euros, à empresa Rede Ambiente, que ganhou o concurso público lançado em setembro. O contrato, que vai vigorar por oito anos e terá ainda de passar pelo Tribunal de Contas, mereceu críticas da oposição.
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No final da reunião de executivo, o presidente da Câmara, Manuel Moreira (PSD), disse ao JN que a recolha de lixo “é uma das maiores dores de cabeça” que tem enquanto autarca e que o recurso a uma empresa privada é a “melhor solução” para “resolver os problemas”. “Percebemos que o município não tinha capacidade para o fazer”, vincou.
Os vereadores do PS, Pedro Costa e Valéria Silva, votaram contra, defendendo que esta é uma má decisão para a autarquia. “Discordamos desta solução desde a primeira hora, devíamos manter o serviço na esfera municipal e realizar um investimento sério”, destacou Pedro Costa.
Crítica ao timing
O vereador do PS, que será o candidato socialista nas eleições autárquicas, deixou ainda críticas ao “timing” da decisão. “Se estivesse a poucos meses de sair, nunca assinaria um contrato que vai condicionar os próximos dois mandatos”, completou Pedro Costa.
Já o vereador independente Emanuel Magalhães, que encabeceará a lista do PSD à Câmara de Amares, absteve-se e defendeu que a decisão poderia ter sido adiada. “Votei a favor da abertura do concurso porque quero ter um serviço melhor, mas entretanto surgiu a informação de que teríamos disponíveis, no âmbito da CIM do Cávado, cerca de 500 a 600 mil euros para investir nesta área”, salientou.
Em função disso, Emanuel Magalhães defendeu que a concessão a privados deveria ter sido “reavaliada e adiada para depois do ato eleitoral”, permitindo “tomar decisões mais seguras”.