A Câmara de Amares aprovou, esta quarta-feira, a abertura de um concurso de 4,7 milhões de euros para construir um pavilhão multiusos, que será totalmente custeado pelo município.
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O executivo camarário aprovou também a repartição dos encargos financeiros pelos anos de 2026 e 2027, o que mereceu críticas da vereadora do PS, Valéria Silva, que votou contra.
No final da reunião, o presidente da autarquia, Manuel Moreira, disse ao JN que Amares "precisa deste equipamento", que será "versátil" e "poderá ter muitas utilizações". "Era um compromisso que tínhamos e vamos cumpri-lo", garantiu o autarca, eleito por uma coligação PSD/CDS, que está a terminar o terceiro mandato na liderança do município.
Já a vereadora do PS, Valéria Silva, defendeu que "não faz sentido" aprovar um investimento desta envergadura a tão pouco tempo do fim do mandato autárquico. "Não me parece que a dois meses das eleições faça sentido empurrar para 2026 e 2027 um investimento de 4,7 milhões de euros. Quem vier a seguir pode até querer alterar o projeto", afirmou.
O também socialista Pedro Costa, que encabeça a lista do PS à Câmara de Amares nas eleições autárquicas de outubro, votou a favor, por entender que se trata de um "projeto muito importante" e uma "necessidade", embora tenha salientando que "não está dentro das maiores prioridades" do concelho.
"É, provavelmente, o maior investimento de sempre feito em Amares só com fundos do município e, por isso, não pode ser encarado de ânimo leve", frisou o vereador do PS.
Espaço versátil
De acordo com o projeto, a que o JN teve acesso, o pavilhão será construído num terreno onde existe atualmente um campo de futebol, na vila de Amares, tendo uma área de implantação de 2.627,20 metros quadrados.
O edifício será composto por dois pisos, sendo o segundo destinado a uma bancada, de seis filas, com capacidade para 384 espectadores sentados.
"O multiusos é um espaço de criatividade por excelência, com a facilidade da transformação/modulação do seu espaço interior de acordo com os eventos em programa", refere o documento produzido pelo gabinete de arquitetura responsável pelo projeto.
O objetivo da obra "é criar uma área de exibição que não se limite a um único tema", fazendo com que este seja um equipamento versátil e capaz de acolher espetáculos desportivos, culturais, conferências ou exposições, lê-se no projeto.