“Se a vida tem sido um fracasso, comigo o Carnaval será um sucesso”, proclama, na Aldeia do Carnaval de Ovar, Foliandro - que é como quem diz o encenador Leandro Ribeiro - no início da visita guiada e encenada “Aleg(o)ria” que levou, ontem, três dezenas de curiosos a descobrirem mais sobre as origens desta tradição.
Corpo do artigo
No ano passado, 244 pessoas participaram em visitas e, este ano, já estão inscritas 163 para visitas, 75 para oficinas criativas e 18 para as atividades para pessoas cegas ou de baixa visão.
Rita Ribeiro deslocou-se desde Anadia. Já conhecia o Carnaval vareiro, devido a “ligações familiares”, mas não sabia a “parte histórica” e quis “conhecer as origens e tradições”. Ali ouviu Foliando falar dos gigantones, que podem chegar aos quatro metros de altura e pesar 30 quilos, apesar de serem feitos de pasta de papel. E do dominó, a fantasia composta por uma túnica preta com carapuço que permite o anonimato para as tropelias típicas de um período em que há “subversão dos papéis sociais”.