Os Verdes questionaram o Governo sobre os incêndios ocorridos na Escola Secundária Moinho de Maré, no concelho do Seixal, que deixaram parte da população exposta a partículas de amianto.
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A Escola Moinho de Maré foi encerrada, no final do ano lectivo 2006/2007, para ser demolida - o que não se verificou. Em 2008, foi vítima de três incêndios. Em comunicado, o Partido Ecologista "Os Verdes' (PEV) considera a situação preocupante", porque a escola se situa paredes meias com a 2,3 de Corroios e a básica do 1º ciclo Nuno Álvares, cujas comunidades escolares "sofreram os efeitos nefastos" do incêndio de 17 de Outubro. "Algumas crianças, professores e auxiliares receberam assistência devido à inalação de fumos, afirma-se no documento.
A 25 de Outubro deflagrou outro fogo, que esteve activo durante cinco horas. Alguns elementos da equipa de bombeiros receberam assistência e o PEV está convicto de que "Seguramente" foram afectadas populações de residências circundantes". Trata-se, sustenta, de situações graves, mas "muitíssimo mais grave" foi a libertação de partículas de amianto, das placas de fibrocimento dos pavilhões ardidos.
Para os ecologistas, está em causa "a negligência com que se tem olhado para a questão da perigosidade do amianto e para os seus efeitos sobre a saúde pública". O partido tem levantado a questão no Parlamento: a deputada Heloísa Apolónia requereu esclarecimentos ao Governo, através do Ministério da Educação, sobre os incêndios e, em Dezembro, conseguiu a aprovação, na generalidade, de um projecto-lei que prevê a elaboração de uma listagem nacional de edifícios públicos que contenham amianto, bem como de um plano de remoção desta substância cancerígena.
"Urge uma intervenção imediata, de modo a salvaguardar a saúde daqueles que diariamente circundam as instalações" da escola do Seixal desactivada, afirma o PEV, para quem já devia ter sido concluída uma operação de remoção do amianto e dos escombros do incêndio.