A Câmara de Aveiro pede “urgência” na transferência dos terrenos da Antiga Lota para a sua posse, depois de há dias grande parte da área ter ficado submersa devido às marés altas e chuva intensa. A situação, explicou esta quarta-feira em comunicado, vai “obrigar a obras de custos elevados antes da sua urbanização”.
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De acordo com a autarquia, no domingo 29 de outubro, a zona da Antiga Lota de Aveiro foi invadida pela maré alta na Ria de Aveiro, uma “imagem muito negativa” que diz ser “fruto da indecisão do Governo de transferir [os terrenos] para o domínio da Câmara Municipal de Aveiro (CMA)”. A Câmara quer receber os terrenos no quadro do processo de descentralização, mas o Ministério das Infraestruturas mantém “a exigência” de que a Câmara “pague pela transferência deste património para a sua posse e administração”. E “mesmo sobre esta possibilidade continua o Governo sem tomar decisões”, critica autarquia em comunicado.
Obra para elevar cota dos muros
Para que episódios como este não se repitam, a Câmara “vai ter de fazer um investimento extraordinário e prévio, de elevação das cotas dos muros envolventes de forma a que estes terrenos, um dia, possam ser urbanizados”, acrescenta, lamentando que o adiamento da decisão faça com que a “fatura” continue a “subir para o município de Aveiro e para os aveirenses”.
Por isso, a CMA reitera “o pedido e a exigência, para que o Governo decida de forma célere, tomando a única opção plausível, possível e correta, de transferir os terrenos da Antiga Lota de Aveiro para a titularidade e gestão da CMA”, terminando com “o passivo ambiental e urbano existente às portas do centro da cidade de Aveiro” e “prejuízo para os investimentos privados de cariz turístico na sua envolvente”.
O JN questionou o Ministério das Infraestruturas, aguardando esclarecimentos.