Foi uma empresa têxtil, mas vai dar lugar a uma residência geriátrica. As antigas instalações da Sonicarla, em Mogege, Famalicão, vão transformar-se em residências para os mais velhos. O projecto arrancará no terreno em breve. Só faltam as respectivas licenças.
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A Cespu e a Sonicarla Saúde aliaram-se para a promoção do projecto: a Cespu fará a parte da "gestão funcional", enquanto que a Sonicarla será responsável pelo edifício e pelas obras necessárias.
O investimento global da empreitada ronda os cinco milhões de euros. Além das obras de adaptação da antiga fábrica têxtil, o empreendimento implica alguma construção de raiz.
No total serão 80 apartamentos geriátricos e ainda quartos. O edifício terá, também, uma unidade de fisioterapia e SPA, auditório para pequenos eventos, salas de estar para as famílias, salas de exposição, refeitório, bar, capela e consultórios de apoio médico.
"A complexidade do estudo esteve no facto de ter de pegar na área coberta existente e, a partir daí, fazer com que tudo encaixasse", explicou o arquitecto Moreira dos Santos. Para o projectista, quando já há um edifício construído existem "várias condicionantes", pelo que o "gozo está em arranjar as soluções".
A ideia de transformar a antiga fábrica têxtil num espaço para idosos surgiu na cabeça de António Ferreira, proprietário da "Sonicarla" quando, em 2000, a empresa apostou nos têxteis técnicos. Na altura, o edifício ficou a albergar apenas a área administrativa, uma vez que tinha sido construída uma outra unidade produtiva. Entretanto, foi também erguido um outro espaço para a parte administrativa.
"Resolvemos então ocupar o edifício com uma espécie de hotel geriátrico. Colhi algumas opiniões e procurei os parceiros", contou António Ferreira.
A CESPU é parceira da Sonicarla, que fará a gestão das residências. "Ainda não estamos muito habituados a conviver com os idosos e as suas doenças, até porque há regiões onde é impensável deixar os mais velhos em locais deste género", referiu Almeida Dias, da CESPU.
Almeida Dias adiantou que será um projecto "entre o rural e o semi-urbano", que poderá ser complementado com o hospital que a CESPU vai implementar em Portugal. "É o sítio certo para quem precisa de apoio", afirmou.