Antigas escolas dão lugar a novas habitações sociais no Marco de Canaveses

Antigo infantário de S. Lourenço do Douro transformado em várias casas
Foto: António Orlando
A Câmara do Marco de Canaveses transmitiu esta quinta-feira sete novas habitações sociais na União das Freguesias de Sande e São Lourenço do Douro, no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH). As novas habitações resultaram da requalificação de dois jardins de infância antigos. As chaves foram entregues em cerimônia privada.
O antigo Jardim de Infância de Laurentim, em Sande, foi transformado em três casas e o ex-Jardim de Infância do Casal, em S. Lourenço do Douro, foi transformado em quatro fogos. As tipologias variam entre o T2 e T3 com boa exposição solar e condições de conforto adequadas ao meio rural, destinadas sobretudo a famílias com crianças.
Durante uma visita às novas habitações, a presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, explicou que a atribuição das habitações foi antecipada de concurso público, lançada meses antes da conclusão das obras. "As famílias candidatam-se a habitações concretas e os processos são avaliados com base em objetivos, públicos e mensuráveis, aprovados em reunião de Câmara e na Assembleia Municipal, tendo em conta os rendimentos e a situação social e familiar", afirmou.
A autarca constatou ainda que a procura por habitação pública "continua a superar largamente a oferta disponível", estimando que o número de candidatos seja quase três vezes superior à capacidade existente, especialmente no que respeita às habitações em apartamentos no centro da cidade. "O mercado imobiliário exerce uma forte pressão sobre as famílias, tanto ao nível das rendas como da aquisição de casa, levando muitas pessoas a recorrerem aos serviços sociais do Município", referiu.
Cristina Vieira sublinhou também a importância da reconversão de escolas antigas devolutas como resposta habitacional e instrumento de dinamização local. "Eram edifícios devolutos que representavam um encargo para a Câmara. Ao reconvertê-las em habitação pública, damos resposta às famílias e promovemos a fixação da população, contribuindo para a coesão territorial", acrescentou.
As habitações estão equipadas com fogão, frigorífico e exaustor, dispõem de pré-instalação para máquinas de lavar roupa e loiça e incluem sistemas de ar condicionado, garantindo conforto e eficiência energética. Cristina Vieira fez ainda a questão de esclarecer que as casas não são atribuídas gratuitamente: "Todos os inquilinos pagam uma renda, ajustados à sua capacidade financeira e aos rendimentos per capita do agregado familiar, após uma avaliação técnica rigorosa".
A Estratégia Local de Habitação representa um investimento global de 16 milhões de euros, financiado pelo PRR e pelo IHRU. No total, o Município já entregou habitações a 24 famílias através da requalificação de escolas antigas, além de concluir brevemente uma intervenção em Constança, que acrescentará quatro habitações, totalizando 28 fogos concluídos ou em fase final.
