A obra de reconversão do antigo matadouro de Viana do Castelo num centro de ciência, tecnologia e arte, decorre a todo vapor. Foi iniciada na segunda semana de fevereiro, tem um custo de cerca de 3,15 milhões de euros, e deverá ser concretizada no prazo de 420 dias.
Corpo do artigo
A Viana STARTS, com um edifício inteligente, alimentado a hidrogénio, foi demonstrada este sábado pela autarquia, com publicação de imagens aéreas da transformação em curso do velho matadouro.
A intervenção está a ser executada pela empresa Baltor, que foi responsável pela demolição do prédio Coutinho, também naquela cidade, que deverá manter a traça original do imóvel, que ao longo de mais de seis décadas (1926-1990) foi local de abate de animais para consumo humano. A obra implica ainda a construção de novos edifícios adjacentes, com recurso a materiais sustentáveis.
Em causa está a concretização, até 2027, de um centro que a Ccâmara de Viana do Castelo descreve como um futuro "espaço de cocriação, experiências artísticas, aplicações criativas de tecnologias emergentes, como a realidade virtual e Inteligência Artificial, tratamento de dados, demonstrações científicas, educação para a ciência, tecnologia e arte, exposições, residências para profissionais, incubadora de eco-startups e espaços públicos de interação".
Segundo aquela autarquia, o projeto foi aprovado no âmbito do programa Iniciativas Urbanas Europeias, tem um total de investimento de 6.243.572 euros e é cofinanciado através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no montante de 4.994.857,60 euros.
A sua concretização tem como parceiros a Associação Juvenil de Deão, o Itecons - Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade, a Inova+, o Dinamo10 - Creative Hub, a Associação Empresarial do Distrito de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Aquando da consignação da obra, foi criada no local "uma cápsula do tempo", com objetos depositados pelos parceiros envolvidos no projeto, e que só deverá ser aberta dentro de 34 anos, o mesmo tempo que aquele imóvel esteve devoluto.
O antigo matadouro deverá, entretanto, renascer "com o espírito do Novo Bauhaus Europeu", conforme anuncia a Câmara de Viana, para "unir ciência, tecnologia e arte, criando uma nova centralidade na cidade".