O apagão de segunda-feira levou a que bombas de água de quatro condomínios e vivendas na Parede, concelho de Cascais, deixassem de funcionar e alagassem as caves, provocando danos em arrecadações e viaturas estacionadas. Numa moradia, a água chegou a um metro de altura.
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Ao final do dia, com a rede energética reposta, houve registo de incêndios em caixas elétricas de três prédios de habitação, também na Parede. De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários da Parede, Pedro Araújo, trataram-se de prédios antigos, com três andares, cujo quadro elétrico que alimenta as habitações não aguentou o pico de energia e incendiou-se.
Os bombeiros apagaram os incêndios evitando maiores estragos, mas as casas ficaram sem energia e foram acionadas equipas da E-Redes para restabelecer energia nestes prédios.
Por toda a Área Metropolitana de Lisboa, houve registo de ocorrências relacionadas com o apagão. As primeiras, logo pelas 11.30 horas foram de casos de pessoas presas nos elevadores.
Em Almada, no Pragal, uma criança ficou presa e foi necessário recorrer aos bombeiros para a retirar. Ricardo Silva, comandante dos Bombeiros Voluntários de Almada, conta que “a mesma viatura dos bombeiros de Almada acorreu a três casos de presos no elevador em simultâneo, uma no Pragal e outras duas em Almada”. Ninguém precisou de assistência hospitalar.
No Barreiro, para além do socorro a presos nos elevadores, por duas situações, os bombeiros passaram o dia no abastecimento a geradores de instituições críticas, como a Santa Casa da Misericórida, o hospital do Barreiro e lares.
José Figueiredo, comandante dos Bombeiros Voluntários do Barreiro, relata que durante a noite, com a reposição da energia, houve um incêndio num armazém que destruiu uma viatura, mas sem mais danos.
No Seixal, houve cinco solicitações para abertura de porta de elevador por pessoas que estavam presas, sem que ninguém necessitasse de assistência hospitalar. José Mendes, comandante dos Bombeiros Mistos do Seixal, afirma que “para esta terça-feira, estavam preparados para distribuição de água pela população, o que não veio a ser necessário”.