<p>Duas crianças ficaram feridas, ontem, quinta-feira, na sequência de um incêndio num prédio de dez andares, no centro de Portimão. Os menores estavam sozinhos em casa. Cinco moradores e dois bombeiros foram assistidos devido ao fumo.</p>
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O alerta foi dado por volta das 14.40 horas por uma vizinha que ouviu as crianças gritar à entrada do apartamento, encaminhando-as para fora do prédio. O acidente deu-se no 6º andar do Edifício Sol. O apartamento ficou completamente destruído.
O incêndio foi considerado extinto já depois das 16 horas e as crianças, de 9 e 12 anos, ambas do sexo feminino, foram assistidas no local pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Segundo a Autoridade Nacional para a Protecção Civil de Faro, "uma senhora foi retirada da cobertura do edifício e foi assistida no local", assim como outros dois moradores. Dois bombeiros sofreram ferimentos ligeiros. Todos foram transportados para o hospital por precaução.
Luís Francisco e Pedro Paiva, que moram perto do local, testemunharam e acompanharam a situação. "Demos conta porque vimos uma criança a gritar desesperada no meio da rua que a casa estava em chamas", disse ao JN Luís Francisco, salientando que "enquanto os bombeiros não chegavam, o apartamento ia ardendo completamente. Viam-se as janelas a cair e derrocadas de blocos de cimento". Segundo as testemunhas, "o apartamento do lado também deve ter ficado destruído".
O apartamento onde deflagrou o fogo pertencia a uma família moldava, onde moravam mãe e três filhos. Fonte da Câmara Municipal de Portimão (CMP) disse que "a família será realojada temporariamente pelo Município até que sejam apurados os danos reais da ocorrência". "Estamos a dar todo o apoio às vítimas", acrescentou. A autarquia destacou, ainda, que a família que vivia por baixo do apartamento incendiado irá também "perniotar em casa de uns familiares", para não sofrerem com o fumo excessivo decorrente do incêndio. A mesma fonte da CMP acrescentou que o edifício não era totalmente habitado. "Lá viviam somente algumas famílias que alugaram casas".
Segundo o JN conseguiu apurar com o Comandante dos Bombeiros de Portimão, Fernando Águas, "durante o resto da tarde procederam-se às operações de rescaldo". "Embora só um apartamento tenha ficado destruído pelas chamas, todo o prédio foi afectado pelo fumo, pelo que procedemos à ventilação do edifício inteiro", afirmou.
No local estiveram um total de 97 elementos, auxiliados por 36 veículos, entre eles um helicóptero de emergência de socorro e assistência.
Ao todo foram accionadas nove corporações dos bombeiros, INEM, Serviços Municipais da Protecção Civil e Câmara Municipal de Portimão.
A PJ e a PSP estiveram, também, no terreno para apurar as causas do incêndio.