Por forma a manter o preço-base da empreitada de remodelação da ponte móvel, em Matosinhos, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) admite ter de deixar cair alguns trabalhos que estavam previstos no caderno de encargos do concurso público anterior.
Corpo do artigo
Questionada pelo JN, a APDL esclareceu que o valor base de 4,5 milhões de euros respeitantes à intervenção mantém-se igual, porque se procedeu "à alteração de alguns trabalhos não essenciais ao objetivo a atingir". Nomedamente, "foi decidido apenas otimizar o esquema de pintura no interior da ponte que está menos exposto às condições climatéricas e proceder à recuperação do pára-rodas da via de circulação, em vez da sua substituição integral".
Apesar disso, a entidade portuária assegura que "estas alterações permitem garantir ma mesma qualidade, segurança e funcionalidade da obra sem que seja necessário alterar o preço base inicialmente estabelecido".
O concurso lançado em maio, também com preço base de 4,5 milhões, foi anulado porque só teve um candidato, que ultrapassou o valor de referência.
Na resposta ao JN, a APDL diz ainda que é sua intenção "iniciar os trabalhos [de reabilitaçáo da ponte] no segundo trimestre de 2025". O concurso publicado esta quarta-feira em Diário da República determina que a empreitada tem um prazo de execução de 14 meses. Os interessados têm até ao próximo dia 10 de outubro para enviarem as propostas.
O objetivo essencial da intervenção passa por corrigir deficiências estruturais elencadas no relatório do Instituto da Ciência em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, como o facto de as duas partes do tabuleiro não estarem a puxar com a mesma intensidade, o que tem provocando diversas avarias.
Seja qual for o modelo de intervenção, o que está previsto é que a obra obrigue a encerrar a travessia, por um período máximo de 90 dias, tal como aconteceu noutras paragens forçadas. A APDL garantirá transportes alternativos.