A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo lançou um novo concurso público para a reabilitação da ponte móvel de Leça da Palmeira. O preço base é de 4,5 milhões, o mesmo do procedimento anterior, que caiu por terra porque só teve um concorrente, que excedeu esse valor.
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No anúncio publicado no Diário da República nesta quarta-feira, pode ler-se que o valor do preço do procedimento volta a ser os 4,5 milhões de euros, para um prazo de execução do contrato que se prevê de "425 dias"(14 meses).
As propostas devem ser enviadas até 10 de outubro, sendo certo que ainda não há data para o início da empreitada. Mesmo assim, e atendendo aos prazos que há para cumprir neste tipo de processos, torna-se difícil que os trabalhos da travessia , que une Matosinhos a Leça da Palmeira, avancem ainda este ano.
O JN questionou a APDL sobre o preço-base da empreitada ser igual ao do último concurso, e se há possibilidade de ser alterado o caderno de encargos, mas até agora ainda não obtivemos qualquer resposta. A possibilidade da obra passar a ser faseada chegou a ser ponderada.
Seja qual for o modelo da intervenção, está previsto que a obra obrigue a encerrar a travessia por um período máximo de 90 dias. Tal como aconteceu noutras paragens forçadas da ponte, existirão períodos em que o tráfego automóvel será desviado para a A28, enquanto o acesso pedestre será ssegurado, em contínuo por autocarros disponibilizados pela APDL.
Também sempre que possível, as interrupções do tráfego automóvel serão restringidas ao período noturno, permitindo a circulação pedestre e o normal funcionamento do período diruno.
A ponte terá de ser fechada por causa da substituição das rótulas, uma das principais intervenções desta empreitada geral, e que até levou a APDL a ter colocado a hipótese de ter iniciado os trabalhos ainda 2022.
O objetivo da intervenção passa também por corrigir deficiências estruturais elencadas no relatório do Instituto da Ciência em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial - como as duas partes do tabuleiro não estarem a puxar com a mesma intensidade - , e que, ao longo dos anos, obrigaram a sucessivas interrupções da ponte.
A obra abgrange ainda "a renovação do sistema de proteção anticorrosiva e pintura de toda a estrutura, bem como a substituição das coberturas pedonais, juntamente com a repavimentação da faixa de rodagem.
Este será mais um inverno em que pessoas que se deslocam a pé não terão as coberturas postas na zona de ascensão da travessia para se abrigarem.