Vicente Pinto tenta segurar câmara, enquanto Miguel Reis é aposta dos socialistas para a reconquistar para os socialistas.
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O social-democrata Pinto Moreira cumpre o último mandato à frente da Câmara de Espinho, aumentando a expetativa sobre a sucessão na presidência. Vicente Pinto, atual vice-presidente, aponta a obra feita e as contas em dia como trunfos, mas o candidato socialista, Miguel Reis, diz que é necessário "sangue novo" e "outras estratégias". Em 2017, o PSD alcançou a maioria absoluta com 40,45 % dos votos, seguido do PS com 31,65%.
Foram também anunciadas as candidaturas do BE, que aposta em António Andrade, do PAN com Ernesto Morais e o CHEGA apresenta Renato Prata. Juntam-se o NOS Cidadãos, com Henrique Cierco, o CDS PP, com António Fontes e a CDU, com Justino Pereira.
O candidato do PSD promete "descentralizar e promover a redefinição da rede de cuidados primários", explicando que a aposta passa pela requalificação dos edifícios e pela promoção de novas valências, como a saúde oral e mental e novos meios de diagnóstico.
A requalificação e aumento do Parque da Cidade, junto à Nave Desportiva e a promoção do Parque da Picadela, em Guetim são algumas das intervenções inseridas num projeto mais abrangente onde se pretende criar zonas pedonais e cicláveis ao longo das respetivas ribeiras. Vicente Pinto diz ter "propostas para habitação a custos controlados e arrendamento jovem", referindo que há um investimento de cinco milhões de euros destinados à habitação.
A "valorização das praias", a requalificação da Rua 2, a continuação da renovação da rede de água e saneamento, a conclusão do Estádio Municipal e construção de uma nova piscina são outras das prioridades.
Sobre a candidatura de Miguel Reis, afirma que se tratam "dos mesmos que estiveram contra tudo e todos" durante quatro anos: "O PS esteve contra os grandes investimentos como o estádio e quartel dos bombeiros". Segundo Vicente Pinto, "o PS votou contra tudo o que podia contribuir para o desenvolvimento de Espinho".
Já Miguel Reis, candidato do PS, considera que Vicente Pinto representa "uma candidatura de continuidade", num projeto político sem sucesso. "Todos os indicadores apontam para maus resultados do atual executivo. As bandeiras foram caindo e temos uma Câmara que financeiramente não está bem", acusa. Diz que "Espinho precisa de sangue novo e de outras estratégias ".
Apresenta como alternativa um projeto para resolver, no imediato, "os problemas mais urgentes", seguindo-se "um plano estratégico" que contempla várias áreas. Fala na necessidade de "calendarizar as obras para acabar com os transtornos e erros de execução" e dar especial atenção à concretização de novos equipamentos "que não arrancam ou demoram a ser concluídos".
"Temos de ter uma estratégia para requalificar equipamentos, implementar apoios às pessoas e comércio, promover a higiene e limpeza do concelho", sublinha. Apostar num programa "fortíssimo" de habitação nas freguesias e centro urbano, assim como implementar um "plano de saúde municipal" são outras das prioridades.
Miguel Reis diz querer envolver a sociedade local para o que designa de uma "nova forma de educar", assim como promover o apoio à ação social, coletividades, juventude e desporto.